No presente trabalho é discutida a perspectiva filosófica que foi adotada no campo científico do Estudo dos Conflitos, dentro dos limites da Investigação para a Paz. Parte-se de uma concepção filosófica da "condição humana" e toma-se como fio condutor o empoderamento e o reconhecimento como instrumentos adequados para uma transformação pacífica dos conflitos. Aprofunda-se, ademais, na relação da doutrina do reconhecimento com o problema das desigualdades e a filosofia política da justiça. Defende-se que não é possível desvincular as políticas do reconhecimento, mais ligadas à identidade e à cultura, das políticas da justiça, mais atentas à transformação pacífica das desigualdades humanas: a probreza, a miséria, a marginalização e a exclusão. A fim de exemplificar esta proposta, utiliza-se o último informe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano.
This paper uses the scientific field of Conflict Studies, within the framework of Peace Research. It is based on a philosophic conception of the "human condition" and is guided by the notions of empowerment and recognition as tools suitable for the pacific transformation of conflicts. It also looks at the relation of the doctrine of recognition with the problem of inequality and with a political philosophy of justice. It maintains that one cannot separate policies of recognition, more closely linked to identity and culture, from policies of justice, more attent to the pacific transformation of human inequalities, poverty, indigence, marginalization and exclusion. As an example of this proposal, it uses the most recent report of the United Nations Human Development Program.
En el presente trabajo, se da cuenta de la perspectiva filosófica que se adopta en el campo científico del Estudio de los Conflictos dentro del marco de la Investigación para la Paz. Se parte de una concepción filosófica de la "condición humana" y se toma como hilo conductor el empoderamiento y el reconocimiento como instrumentos adecuados para una transformación pacífica de los conflictos. Se profundiza, además, en la relación que tiene la doctrina del reconocimiento con el problema de las desigualdades y la filosofía política de la justicia. Se defiende que no se pueden desvincular las políticas del reconocimiento, más ligadas a la identidad y la cultura, de las políticas de la justicia, más atentas a la transformación pacifica de las desigualdades humanas, la pobreza, la miseria, la marginación y exclusión. Como ejemplo de esta propuesta, se hace uso del último informe del Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo Humano.